Vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC), um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima, tem como finalidade de garantir recursos para apoio a projetos ou estudos e financiamento de empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas, sob gestão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Criado em 2008 e reativado em 2023, o FNMC tem uma carteira de 121 projetos apoiados, no valor total de R$ 2,99 bilhões, para mais de 650 instituições, beneficiando 239 mil pessoas com atividades produtivas sustentáveis e garantindo o manejo sustentável de 75 milhões de hectares de área de floresta. O instrumento já recebeu mais de R$ 4,5 bilhões em doações, de sete países: Noruega, Alemanha, EUA e Reino Unido, Dinamarca, Suíça e Japão, além da Petrobras, informa o BNDES.

Fundo Clima e seus benefícios

Um dos beneficiados pelo Fundo Clima é o Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA), que por meio do governo estadual recebeu recentemente apoio financeiro não reembolsável de R$ 45 milhões para fortalecer a estrutura da corporação na prevenção e combate a incêndios florestais e queimadas criminosas. “Os estados exercem papel fundamental na prevenção e combate a incêndios. O apoio do Fundo Amazônia ao CBMPA é importante para o fortalecimento do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), coordenado pelo governo federal, garantindo a melhoria da governança do fogo na região”, salienta João Paulo Capobianco, secretário-executivo do MMA.

 Estações de Tratamento

Outro beneficiado é o Grupo Piracanjuba, que reúne as marcas Piracanjuba, Emana, LeitBom e as licenciadas Almond Breeze, Ninho e Molico (leite longa vida), com mais de 200 produtos no portfólio, que recebeu do Fundo R$ 150 milhões.

O valor será destinado para a implantação de quatro Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEs) com produção de biogás nas unidades de Araraquara, SP, Três Rios, RJ, Carazinho, RS, e São Jorge D´Oeste, PR, além de investimentos na substituição de caldeiras que atualmente consomem combustível fóssil nas duas primeiras unidades citadas.”Estamos entusiasmados em anunciar essa captação para investir em projetos que irão gerar biogás, que será utilizado nas caldeiras, reduzindo assim as emissões de gases de efeito estufa e os custos com combustíveis. Além disso, substituiremos caldeiras que atualmente consomem combustíveis fósseis por alternativas mais sustentáveis”, comemora Luiz Claudio Lorenzo, presidente do Grupo.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto:divulgação – Grupo Piracanjuba