Mercado Livre de Energia: a ilusão da autonomia sem gestão eficiente
Por João Paulo Campos A abertura do Mercado Livre de Energia (MLE) trouxe uma promessa sedutora: mais autonomia, previsibilidade de custos, economia e poder de escolha. Desde 2024, companhias do Grupo A já podem migrar para esse modelo, e entre 2027 e 2030, a previsão é que todos os consumidores tenham acesso. No entanto, na prática, essa liberdade nem sempre se traduz em eficiência. O erro começa quando as empresas encaram esse novo modelo como solução final, um ponto de chegada, e não como uma oportunidade de repensar toda a forma como consomem e gerenciam energia. A adesão, por si só, não corrige práticas internas ultrapassadas, nem resolve o problema do desperdício energético já enraizado em processos pouco monitorados. Migrar sem adotar uma cultura de gestão ativa do